Fora todas as torpezas lacerdistas que são de conhecimento geral, trago ao Casagrande mais uma, relatada por Heitor Lyra em suas memórias, o livro Minha Vida Diplomática. 
Segundo o diplomata veterano, em uma entrevista dada em Portugal quando Lacerda era governador da Guanabara, um jornalista negro perguntou-lhe se havia racismo no Brasil. Ele prontamente respondeu que não. 
O jornalista, que era angolano, perguntou-lhe à queima roupa: "se uma entrevista como esta ocorresse no Brasil, eu estaria tão à vontade quanto estou aqui"? 
 A resposta de Lacerda fica melhor na pena de Lyra: 
" Não, respondeu o Governador, porque no Brasil o que existe sobretudo é o preconceito do negro contra o branco; ele se afasta e se exclui das casas de famílias brancas, porque no seio delas não se sentiria à vontade. Assim que, num caso como este de agora, seria você que não viria". 
De fato, César Maia atua de acordo com os preceitos de seus heróis. 
PS: Quem quiser conferir: Heitor Lyra. Minha Vida Diplomática. Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 1991. Tomo I  p. 15. 
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